25 de abril de 2025
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Vacina contra HPV beneficia mulheres mesmo já infectadas

Agência Brasil

Estudos mostram que mulheres adultas podem se proteger de novos subtipos

A vacinação contra o HPV é uma questão crucial na saúde pública, especialmente para mulheres adultas que já enfrentaram infecções anteriores. Novas informações trazem esperança e oportunidades de proteção, mesmo para aquelas que já foram diagnosticadas com o vírus.

Atualmente, a vacina contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Para adultos, a imunização é acessível a grupos específicos, como pessoas vivendo com HIV, transplantados e pacientes oncológicos. No entanto, novas pesquisas indicam que mulheres adultas já infectadas com HPV podem também se beneficiar com a vacinação.

De acordo com Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), mulheres sexualmente ativas que já contraíram HPV continuam sob risco de novas infecções ao longo de suas vidas. Isso ocorre porque existem mais de 200 subtipos do vírus, dos quais quatro são os principais responsáveis por cânceres no colo do útero, ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe. Assim, uma mulher que já foi infectada por um subtipo ainda pode se proteger de outros subtipos disponíveis na vacina.

Durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, realizada em Recife, Mônica explicou que as mudanças nos padrões sociais, como o adiamento do casamento e o aumento de divórcios entre mulheres de 30 a 49 anos, associadas a um número elevado de parceiros ao longo da vida, contribuem para um aumento do risco de reinfecções de HPV na vida adulta. Estudos recentes também sugerem que a vacina é eficaz na redução das chances de recidiva em mulheres que já trataram lesões induzidas pelo vírus.

O Uruguai já é um exemplo a ser seguido, sendo o primeiro país das Américas a oferecer a vacina gratuitamente para pacientes que já apresentaram lesões relacionadas ao HPV. Mônica ressaltou que a vacina demonstrou eficácia duradoura, com resultados positivos em mulheres com idades entre 27 e 45 anos.

“As conclusões são claras: mulheres adultas correm risco de novas infecções por HPV. Além disso, as vacinas são seguras e eficazes para mulheres em meia-idade, ajudando não apenas a prevenir reinfecções, mas também a proteger contra recidivas após o tratamento de lesões”, finalizou Mônica.

A iniciativa de vacinar mulheres adultas contra o HPV é um avanço significativo na promoção da saúde feminina. Este é um passo em direção à proteção e empoderamento das mulheres, reafirmando a importância do acesso à saúde para todas, independentemente de seu histórico de infecções.

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