13 de junho de 2025
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Seca severa transforma Encontro das Águas e impacta Manaus

William Duarte/Rede Amazônica

A estiagem revela desafios graves para a população e comércio local.

A seca intensa que afeta os rios Negro e Solimões em Manaus não só modifica a paisagem icônica do Encontro das Águas, mas também traz consequências devastadoras para a economia local e a vida das comunidades ribeirinhas.

A seca severa que atinge os rios Negro e Solimões tem promovido uma mudança drástica na visualização do famoso Encontro das Águas em Manaus. Este fenômeno natural, que representa um patrimônio do estado e atrai turistas de diversas regiões, agora enfrenta uma realidade alarmante com a diminuição do nível das águas.

No dia 27 de setembro, o nível do Rio Negro chegou a 13,73 metros, marcando uma alta de 1,03 metros acima da cota mais baixa já registrada em 121 anos. Diante da estiagem, a capital amazonense declarou situação de emergência, que se prolonga por 180 dias.

O impacto é sentido especialmente no comércio local. Regina Nascimento, proprietária de um café no bairro Colônia Antônio Aleixo, relatou uma queda de 50% no movimento devido à ausência da vista habitual do Encontro das Águas, agora difícil de observar. O desaparecimento do Lago do Aleixo, que outrora emoldurava sua vista, agravou ainda mais a crise.

Com as estruturas flutuantes que servem de moradia e comércio agora em terra firme, a situação se torna insustentável. Os pescadores da região, como Antônio Vasconcelos, enfrentam dificuldades severas, pois a falta de água afetou significativamente a oferta de peixes.

Segundo a Defesa Civil, o nível atual do rio está a menos de dois metros da seca histórica, registrada em 2023. Além disso, comunidades rurais já estão recebendo ajuda em forma de água e alimentos devido ao volume crítico de água.

A combinação da seca com queimadas amplia os desafios enfrentados por mais de 560 mil pessoas no Amazonas. A declaração de estado de emergência foi estendida a todos os 62 municípios do estado, evidenciando um panorama preocupante em que a população indigente e ribeirinha está cada vez mais isolada.

A atual crise hídrica expõe as fragilidades de um sistema que depende dos rios, revelando a urgência de ações que promovam a justiça ambiental e apoiem as comunidades afetadas. O comprometimento com a sustentabilidade é fundamental para garantir que o Encontro das Águas não se torne apenas uma memória distante.

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