Prisão de homem por estuprar criança por 4 anos é um alerta social

Divulgação/PC-AM
Condenado a 13 anos, ele abusou da vítima entre 2010 e 2014
Em uma dolorosa revelação de abuso que ecoa as marcas deixadas por décadas de silêncio, um homem de 56 anos foi preso em Atalaia do Norte, Amazonas, por estuprar uma criança durante mais de quatro anos, desde os 5 até os 9 anos. Este caso, que representa mais um exemplo do sofrimento de inocentes, exige reflexão e ação da sociedade.
Segundo informações policiais, o caso teve início quando a criança contava apenas 5 anos, e os abusos se prolongaram entre 2010 e 2014. Após a condenação a 13 anos e três meses de prisão por estupro de vulnerável, a prisão foi realizada na quarta-feira (18), a partir do cumprimento de um mandado expedido pelo Judiciário.
A delegada Mayara Magna, da 50ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), destacou a proximidade do acusado com a família da vítima. Ele tinha acesso à criança e, apesar dos protestos da menina na época, os episódios de abuso continuaram. “Na primeira vez que o crime ocorreu, o infrator levou a vítima para sua residência, a pedido da mãe, alegando cuidar do seu companheiro embriagado. Foi lá que, desvio de rota em mãos, ele consumou o abuso sexual e pediu que a criança não contasse nada”, relatou a delegada.
Os abusos se arrastaram por anos até que, em 2018, a vítima encontrou coragem para denunciar. Infelizmente, ela não consegue recordar a quantidade de vezes que foi violentada. Desde então, recebeu apoio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que é fundamental para a recuperação de vítimas de abusos dessa magnitude.
Após sua prisão, o homem se encontra agora à disposição da Justiça para o cumprimento da pena determinada. Este caso não é apenas uma tragédia pessoal, mas também um chamado urgente para que enfrentemos a cultura do silenciamento e do abuso em nossas comunidades.
Este caso revela a importância de uma comunicação aberta sobre abuso sexual e a necessidade de políticas que protejam nossas crianças. A impunidade deve ser enfrentada com urgência e o apoio a vítimas deve ser garantido. Não podemos permitir que histórias como essa se repitam.