13 de junho de 2025
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Preocupação com doenças do coração cresce entre paulistanos

Agência Brasil

Jovens e pessoas de menor renda negligenciam cuidados preventivos

No Dia Mundial do Coração, uma nova pesquisa destaca as inseguranças dos paulistanos em relação à saúde cardiovascular. A pesquisa ‘O Coração do Paulistano’, realizada pela empresa Nexus, revela que as doenças do coração ocupam o segundo lugar nas preocupações dos moradores da capital, logo atrás do câncer.

De acordo com o levantamento, 15% dos paulistanos expressam preocupação com as doenças cardíacas, bem abaixo dos 56% que temem o câncer, e 12% que se preocupam com diabetes. No entanto, o mais alarmante é que 46% dos entrevistados nunca consultaram um cardiologista para exames preventivos, especialmente entre os jovens de 16 a 24 anos, que representam um preocupante índice de 68% de absenteísmo nestas avaliações.

Este quadro é ainda mais grave entre aqueles que recebem rendimentos mais baixos: 56% dos que possuem uma renda de até um salário mínimo nunca foram ao médico especialista. Entre os que ganham de um a dois salários mínimos, este percentual é de 51%, e cai para 48% entre aqueles que recebem de dois a cinco salários mínimos.

Entre os que realmente buscaram ajuda, 53% realizaram consultas nos últimos 12 meses, mas essa frequência ainda é insuficiente em face das estatísticas preocupantes que mostram as doenças cardiovasculares como a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

Um exemplo que ilustra a situação é o do aposentado José Carlos Mazzali, de 74 anos, que sofreu dois infartos, um em 2019 e outro em 2020, e que nunca havia procurado um cardiologista antes de seus problemas de saúde. Ele faz um tratamento regular e exames periódicos no Instituto do Coração (Incor), destacando a importância da prevenção e monitoramento da saúde cardiovascular.

A médica cardiologista Fernanda Weiler, do Hospital Sírio Libanês, ressalta que, apesar da conscientização sobre a gravidade das doenças cardiovasculares, o acesso a cuidados regulares é baixo. “O medo do diagnóstico e a falta de tempo são barreiras que precisamos enfrentar”, afirma. Ela recomenda que as consultas iniciem a partir dos 40 anos ou antes, considerando histórico familiar de problemas cardíacos.

A pesquisa, realizada com 2.030 moradores da cidade de São Paulo, foi feita entre 9 e 11 de setembro, com um nível de confiança de 95%. A situação evidencia a necessidade urgente de promover ações de conscientização e acesso aos cuidados preventivos com a saúde do coração.

Em resumo, a pesquisa revela uma realidade preocupante em São Paulo, onde a ignorância sobre a saúde do coração prevalece, especialmente entre os jovens e os mais desfavorecidos economicamente. É crucial que campanhas de conscientização e educação sejam implementadas para mobilizar a população a buscar cuidados preventivos, pois a saúde cardiovascular não deve ser um tema negligenciado, mas sim uma prioridade social.

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