Olimpíadas de Paris e o apagão digital dos atletas norte-coreanos
Petros Giannakouris/ AP
Samsung omite jogadores da Coreia do Norte do brinde digital
Nas Olimpíadas de Paris 2024, um dado alarmante destaca-se: os atletas da Coreia do Norte estão excluídos do brinde digital oferecido pela Samsung. Essa decisão reflete as tensões geopolíticas e os tratados internacionais que moldam as relações entre as duas Coreias.
No cenário vibrante das Olimpíadas de Paris, a Samsung, uma das principais patrocinadoras, decidiu não fornecer smartphones para os atletas da Coreia do Norte, um gesto que ecoa as complexidades da diplomacia internacional. Enquanto todos os 10 mil atletas presentes nos Jogos recebem um Galaxy Z Flip 6, os competidores norte-coreanos ficam de fora, em função das rígidas sanções impostas pela ONU.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou que a entrega dos dispositivos aos atletas da Coreia do Norte seria uma violação das resoluções da ONU, que proíbem a transferência de equipamentos industriais entre as duas nações, ainda tecnicamente em guerra. O alerta do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul destaca os perigos de uma possível violação das sanções que visam conter programas nucleares norte-coreanos.
O contraste é notável: enquanto atletas de ambos os lados da fronteira se unem em momentos de celebração conjunta, como no pódio do tênis de mesa, a realidade política impõe barreiras invisíveis, mas profundas, até mesmo no acesso à tecnologia de ponta.
Recentemente, imagense viralizaram nas redes sociais, retratando atletas da Coreia do Sul e do Norte comemorando juntos, mas por trás da alegria, as realidades de um estado de guerra e a luta pelo reconhecimento e liberdade permanecem latentes.
A situação atual ressalta a importância do diálogo e da diplomacia, enquanto a guerra de balões entre as duas Coreias continua, alimentando um ciclo de retaliações e desinformação que perpetua as tensões e as desigualdades na região.
A exclusão dos atletas da Coreia do Norte dos brindes das Olimpíadas não é apenas sobre tecnologia, mas sobre as realidades complexas de um mundo dividido por políticas e guerras. A mobilização e a solidariedade entre os povos devem prevalecer sobre as barreiras estabelecidas por regimes autoritários e interesses políticos. A verdadeira vitória em um evento como as Olimpíadas é a unidade e o respeito mútuo.
