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Sete pessoas, incluindo uma criança, vivem momentos de terror após colisão com balsa

Na madrugada do último domingo, uma tragédia quase irreversível se desdobrou nas águas de Parintins, no Amazonas. Sete membros de uma mesma família estavam a bordo de uma embarcação que naufragou após uma colisão com uma balsa que transportava gado. Este incidente não apenas deixou feridos, mas também levantou questionamentos urgentes sobre a segurança na navegação fluvial.

O acidente ocorreu por volta das 4h da manhã, quando a balsa, em alta velocidade, colidiu com o barco familiar próximo à comunidade São João do Jacu. De acordo com as vítimas, o barco estava a caminho da cidade, e essa viagem se transformou em um pesadelo. Nenhuma morte foi registrada, mas as consequências do acidente são profundas, com ferimentos em todos os ocupantes, incluindo uma criança de apenas um ano.

O agricultor Antônio José Moraes, que dirigia a embarcação, ressaltou que havia sinalizado a aproximação da balsa, mas a manobra não foi suficiente. “Eles não tomaram providência. A balsa estava pesada e veloz e acabou colidindo com a nossa bajara, levando-nos ao fundo do rio”, lamentou.

Alcione, filha de Antônio, foi uma das heroínas do incidente. Ela relatou ter despertado assustada com os gritos da irmã, que estava segurando o bebê. “Minha única reação foi puxar minha irmã para fora e ajudá-la a flutuar. Eu consegui salvar minha mãe, que ficou à deriva”, recordou, ainda chocada pelo caos do momento.

Relatos da família indicam que a balsa pertence a um grupo empresarial da região e, desgraceiramente, estava navegando na contramão e a alta velocidade. Depois do acidente, os tripulantes da balsa ajudaram nas operações de resgate, mas optaram por não levar as vítimas para a cidade, alegando falta de combustível. “Eles priorizaram a vida do gado em vez das pessoas”, denunciou Alcione, enquanto relembrava os danos, tanto financeiros quanto emocionais, que a família sofreu devido ao naufrágio.

O incidente já foi formalmente registrado na 3ª Delegacia Interativa de Polícia de Parintins, e as investigações foram iniciadas. A tragédia do naufrágio ressalta a necessidade premente de repensar a segurança e a responsabilidade no transporte fluvial na região.

Este lamentável acidente em Parintins é um lembrete sombrio de que a segurança nas águas e a proteção da vida humana devem ser priorizadas sobre interesses comerciais. A luta por justiça e reparação para as vítimas deve ser ecoada, e o incidente chama a atenção para a necessidade de regulamentações mais rigorosas na navegação fluvial.