Musk, Bezos e Zuckerberg lideram ranking dos bilionários de tecnologia

Thibault Camus/AP/Arquivo
Triunfo dos magnatas da tecnologia marca a saída de Arnault da lista
A lista das pessoas mais ricas do mundo tomou um rumo bem conhecido. Vamos refletir sobre o que isso significa para a sociedade e a economia contemporânea.
O pódio dos bilionários agora brilha intensamente com os nomes de Elon Musk, fundador da Tesla, e Jeff Bezos, cofundador da Amazon, que ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente. Mas a grande novidade que capturou a atenção é a volta de Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, ao terceiro lugar, desbancando Bernard Arnault, presidente do Grupo LVMH.
Durante grande parte do último ano, Arnault ocupou a vaga de líder da lista de fortunas, mas Musk recuperou seu trono com uma fortuna que atinge impressionantes US$ 236,5 bilhões (aproximadamente R$ 1,3 trilhão) até o dia 14 de agosto de 2024. Musk, além de sua montadora de carros elétricos, é o cérebro por trás da SpaceX e, atualmente, também é proprietário do X (antigo Twitter).
Logo atrás de Musk está Jeff Bezos, que viu seu patrimônio saltar para US$ 189,2 bilhões (R$ 1,03 trilhão), e Mark Zuckerberg, cujos investimentos na Meta fizeram seu patrimônio subir para US$ 184,6 bilhões (R$ 1 trilhão).
Por outro lado, Arnault, que uma vez liderou este ranking, caiu para a quarta posição, com uma fortuna atual de US$ 179,4 bilhões (R$ 981 bilhões). Sua caída é um reflexo direto dos desafios enfrentados pelas marcas de luxo, que tiveram um desempenho abaixo do esperado. As receitas da LVMH não apenas falharam em atender às expectativas do mercado, como também refletem um declínio na demanda por produtos de luxo na Ásia, especialmente na China.
As vendas caíram 14% no segundo trimestre de 2024, e essa tendência continua a preocupar o setor. O luxuoso mundo das marcas de prestígio está sentindo os efeitos de uma mudança de comportamento dos consumidores, que agora têm se mostrado mais cautelosos nas suas escolhas, priorizando produtos menos ostentosos.
No entanto, enquanto o setor de luxo atravessa tempos difíceis, a tecnologia floresce. A valorização das ações das principais empresas tecnológicas varre o mundo financeiro, trazendo novas chances e fortunas. Mark Zuckerberg, por exemplo, viu seu patrimônio crescer em mais de 50% neste ano, enquanto os papéis da Meta decolaram. Além disso, a Nvidia, gigante de semicondutores, também testemunhou um crescimento meteórico graças à demanda crescente por inteligência artificial.
Como resultado do otimismo com este setor, o ranking dos mais ricos continua a ser dominado por bilionários da tecnologia. No entanto, o exemplo de Arnault ilustra que o verdadeiro poder econômico pode ser volúvel e que as flutuações do mercado impactam diretamente a vida das pessoas.
O renascimento das fortunas da tecnologia destaca um momento crucial em nossa economia global. A ascensão e queda de grandes bilionários não são apenas histórias de indivíduos, mas refletem as dinâmicas sociais e as prioridades de consumo de nossos tempos.