14 de junho de 2025
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Manaus enfrenta seca prolongada e decreta emergência ambiental

William Duarte/Rede Amazônica

Prefeitura assina decreto de situação de emergência por 180 dias para socorro às comunidades ribeirinhas

Manaus, a capital do Amazonas, declarou situação de emergência devido à grave seca que assola o Rio Negro. O prefeito David Almeida assinou um decreto que visa atender as necessidades das comunidades ribeirinhas, permitindo que a cidade receba recursos federais para enfrentar essa estiagem severa.

Na tarde de quarta-feira, 11 de setembro, o prefeito David Almeida decretou situação de emergência em Manaus por um período de 180 dias, uma resposta imediata à seca que afeta dramática e profundamente o Rio Negro. A medida não é apenas uma formalidade; é uma ação necessária para garantir que as comunidades ribeirinhas, que dependem diretamente dos rios para sua subsistência, recebam o apoio que urgentemente necessitam.

O decreto foi assinado após a visita do presidente da República a Manaus, que trouxe a perspectiva de um influxo de recursos adicionais para o município. “Esse decreto nos ajudará a levar a atenção básica pública para todas as famílias que podem sofrer com a seca”, afirmou Almeida em suas redes sociais, ressaltando a importância de um esforço coletivo em um momento tão delicado.

Os números são alarmantes: nas últimas 24 horas, o nível do Rio Negro caiu 26 centímetros, atingindo a cota de 17,21 metros. Este é um aviso preocupante, especialmente considerando que, no ano passado, o rio chegou a seu nível mais baixo em 120 anos. A Defesa Civil do Amazonas indica que o Rio Negro está em estado crítico, retrocedendo rapidamente desde o início de setembro.

Os dados revelam uma realidade cruel: em apenas 11 dias, o nível do rio desceu 2,52 metros. Uma seca severa como esta não afeta apenas a fauna e a flora, mas também provoca enormes dificuldades para os habitantes que dependem dessa água para viver.

As consequências também se estendem a regiões como Tabatinga, no Alto Solimões, onde o nível do Rio Solimões chegou a uma cota negativa de -1,63 metro, resultando em uma crise que já prejudica agricultores e pescadores. É evidente que a situação é crítica em todo o estado, onde 330 mil pessoas estão sofrendo os impactos da estiagem e das queimadas que marcaram o pior agosto dos últimos 26 anos.

Em tempos de crise climática, a situação enfrentada por Manaus e outras cidades da Amazônia serve como um forte lembrete da vulnerabilidade das comunidades ribeirinhas e da necessidade urgente de ação coletiva e financiamento adequado. Ao trazer visibilidade a estas questões e fornecer apoio concreto, podemos trabalhar juntos para mitigar as consequências devastadoras da seca e garantir um futuro sustentável para todos.

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