Mãe de Djidja Cardoso Planejava Clínica Veterinária para Comprar Cetamina, Afirma Polícia

A empresária Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso, planejava abrir uma clínica veterinária para facilitar a aquisição do anestésico cetamina, segundo informações do delegado Cícero Túlio, responsável pela investigação do grupo “Pai, Mãe, Vida”. Esse grupo, liderado por Djidja, Cleusimar e seu irmão Ademar Cardoso, utilizava a substância de maneira indiscriminada com o objetivo de alcançar uma falsa plenitude espiritual.
Na quinta-feira (6), o g1 noticiou que a família Cardoso havia alterado o CNPJ de uma das unidades do salão de beleza “Belle Femme”, mudando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) para incluir o registro de atividade veterinária.
Em entrevista concedida na segunda-feira (10), o delegado Cícero Túlio confirmou essa informação e acrescentou novos detalhes. De acordo com ele, conversas encontradas no celular de Cleusimar revelam seu interesse em abrir a clínica para facilitar a compra do anestésico, que tem uso controlado tanto na medicina humana quanto veterinária.
“Nós identificamos que ela pretendia abrir uma clínica veterinária principalmente para facilitar o acesso e a compra desse tipo de medicação, que é controlada,” afirmou o delegado do 1° Distrito Integrado de Polícia. O uso contínuo de cetamina havia se tornado uma prática comum na família de Djidja Cardoso, cuja morte está sendo investigada por suspeita de overdose da droga em Manaus. A substância era frequentemente utilizada durante os rituais do grupo religioso organizado por Djidja, sua mãe e seu irmão.
A cetamina é conhecida como um anestésico dissociativo, produzindo efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e propriedades sedativas quando usada recreativamente. Tornou-se uma droga ilícita na década de 1980.