25 de abril de 2025
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Justiça condena dono de ferro-velho por descartar carro do crime

Agência Brasil

Edilson Barbosa dos Santos recebeu pena de cinco anos por obstrução de Justiça

A condenação de Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, destaca a importância da responsabilização no caso Marielle Franco, que continua a ferir a sociedade brasileira com suas cicatrizes de violência e injustiça.

A 37ª Vara Criminal do Rio de Janeiro decidiu condenar Edilson Barbosa dos Santos a cinco anos de reclusão e 17 dias-multa por sua participação na obstrução de Justiça em um caso emblemático: o duplo homicídio da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

O conhecido proprietário de um ferro-velho foi apontado pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do estado por ter recebido, desmanchado e descartado o veículo Cobalt utilizado no crime. A denúncia, feita em agosto de 2023, revela como a ação de Edilson dificultou investigações fundamentais, causando danos irreparáveis à busca pela verdade dos fatos.

De acordo com os promotores, logo após o crime, Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz, os executores do homicídio, entregaram o carro a Edilson em um local na zona norte do Rio, após um ajuste prévio com Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, também implicado na trama criminosa. Na decisão proferida em 26 de setembro, o juiz enfatizou que a destruição do veículo comprometeu as investigações, impossibilitando qualquer perícia que pudesse esclarecer as circunstâncias do assassinato.

O resultado disso é alarmante: os suspeitos só foram identificados quase um ano após o ocorrido e o mesmo vale para os mandantes, que só começaram a ser conhecidos neste ano de 2024, seis anos depois das mortes. A promotora de Justiça, Fabíola Tardin Costa, que acompanhou todo o processo, assinalou que comportamentos como o de Edilson são uma prática comum dentro da dinâmica das milícias cariocas. “As estatísticas indicam que cerca de 90% das execuções relacionadas a crimes premeditados pela milícia ancoram-se na mesma estratégia, isto é, utilizar veículos para facilitar a fuga, tornando essencial que o carro desapareça,” destacou a promotora.

Essa condenação traz à tona a importância de enfrentarmos a cultura de impunidade que permeará os ambientes criminóricos e revela a necessidade contínua de lutar por justiça e responsabilização em casos de violência política e social no Brasil.

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