A segunda edição dos Jogos Universitários Brasileiros-Atléticas (JUBs-Atléticas) começou nesta quinta-feira (30) em Natal, com cerca de 2 mil estudantes de 14 estados competindo em 16 modalidades. Organizada pela Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), a competição reúne 74 Atléticas, agremiações formadas em cursos de graduação que integram os estudantes à vida acadêmica por meio do esporte. O total de participantes este ano é mais que o dobro do registrado na edição inaugural, no ano passado, em Maceió, que teve 900 universitários de 53 Atléticas.

A equipe Halterada, do curso de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), atual campeã dos JUBs-Atléticas, chegou em peso a Natal em busca do bicampeonato. A maior delegação, com 121 atletas, é também a equipe a ser batida. No primeiro dia do JUBs, o time de handebol feminino não decepcionou: venceu as Lendárias, da Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por 13 a 2.

“Claro que viemos aqui para tentar mais um título. Ganhamos o primeiro JUBs Atléticas e a responsabilidade aumentou. Estamos com a maior delegação e queremos ser os melhores. Quando você ganha uma vez, passa a ser o time a ser batido, mas não tem problema”, garantiu Bruno Henrique Oliveira, presidente da Halterada.

Bruno destaca que, além dos resultados esportivos, participar do JUBs representa muito mais. “No esporte universitário, o estudante se conecta com a vivência acadêmica, encontra apoio e aprende sobre gestão e planejamento. Na Halterada, os alunos de Educação Física podem se tornar técnicos dos times da UFPE.”

A capitã da equipe de handebol da Halterada, Pollyana Dutra, é um exemplo de como o esporte pode mudar a vida acadêmica. “Eu comecei com Fisioterapia, por influência da família, mas o amor pelo handebol me trouxe para a Educação Física e foi a melhor escolha.”

Jogadora e técnica de handebol, Pollyana explica como o esporte auxilia na vida acadêmica e profissional. “O dia a dia na universidade é intenso. O esporte ajuda a aliviar a pressão e oferece oportunidades de crescimento profissional.”

Carol Araújo, natural de Natal, decidiu estudar em Pernambuco e encontrou na Atlética um lugar para se sentir em casa. “Mesmo Recife não sendo tão longe de Natal, você vai para um lugar novo e não conhece ninguém. Na Atlética, você recebe apoio e faz amizades.”

Jogar em casa como visitante proporciona um sentimento especial para “Carol de Natal”, como é chamada pelos colegas. “Cheguei à quadra e encontrei rostos conhecidos. Estou jogando em casa e aproveitando para matar a saudade da família”, revelou Carol.

Estar no JUBs, perto ou longe da família, saindo com vitória ou derrota, mostra que o esporte é uma valiosa adição ao currículo acadêmico.