14 de junho de 2025
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Interdição da Praia da Ponta Negra é um grito contra a seca

William Duarte/Rede Amazônica

Manauaras veem o Rio Negro abaixo da cota de segurança

A seca severa no Amazonas trouxe consequências alarmantes: a Praia da Ponta Negra, um dos principais pontos de lazer e turismo de Manaus, foi interditada para banho após o nível do Rio Negro cair abaixo do limite seguro, destacando uma crise ambiental em curso.

A Prefeitura de Manaus, em uma decisão difícil mas necessária, interditou a Praia da Ponta Negra na terça-feira (17) devido ao baixo nível das águas do Rio Negro. Este importante balneário, que é um símbolo de entretenimento e sustento para muitos ambulantes, não pode permitir a entrada de banhistas quando o rio atinge a marca crítica.

Na quarta-feira (18), a Defesa Civil do Amazonas informou que o nível do Rio Negro estava em 15,53 metros, uma queda de 24 centímetros em apenas 24 horas. Essa situação é regida por um Termo de Ajustamento de Conduta que estabelece medidas para garantir a segurança pública na região.

A interdição não se aplica a todas as atividades na praia, já que o espaço de areia permanece aberto para práticas esportivas e recreativas. O calçadão que margeia a praia continua em funcionamento, oferecendo um espaço para que a população ainda possa desfrutar do ar livre, mesmo em tempos difíceis.

Este evento é parte de um cenário mais amplo: a seca não afeta apenas a praia, mas também tem implicações graves para a população ribeirinha. Recentemente, o prefeito de Manaus, David Almeida, declarou situação de emergência devido a esta crise, que também atinge outras 61 cidades do Amazonas. O governo do estado busca agora apoio do Governo Federal para mitigar os efeitos da seca, especialmente para as comunidades vulneráveis que dependem da bacia do rio para suas necessidades diárias.

Como podemos ver, os níveis do Rio Negro têm caído constantemente este mês, e observar os números é um lembrete sombrio das mudanças climáticas e da necessidade urgente de ação. A situação é crítica, e as marcas de sua violência já se fazem sentir na vida cotidiana das pessoas da região.

A interdição e a declaração de situação de emergência revelam a gravidade da seca, que não é apenas um fenômeno natural, mas um reflexo das consequências da crise climática. Com mais de 10 mil queimadas registradas no Amazonas, agosto foi sinalizado como o pior mês dos últimos 26 anos, pontuando a urgência de uma resposta coletiva e consciente.

É chegada a hora de nos unirmos em torno da necessidade de proteger o nosso meio ambiente. Nossa luta deve ser por um futuro onde os rios, como o Negro, possam fluir livres e seguros, garantindo vida, esperança e sustento para todos.

A interdição da Praia da Ponta Negra é um chamado à ação: precisamos reconhecer os impactos das mudanças climáticas e a urgência de preservar nossos recursos hídricos. A resposta a esta crise deve ser coletiva, e a urgência de medidas efetivas é maior do que nunca.

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