Famílias Celebram Inclusão de Remédio ao SUS para Neuroblastoma
Valter Campanato/Agência Brasil
Vitória da luta social e da esperança contra o câncer infantil
A inclusão do medicamento betadinutuximabe no Sistema Único de Saúde (SUS) traz um novo fôlego para as famílias que batalham contra o neuroblastoma, uma forma agressiva de câncer que afeta principalmente crianças.
No coração de uma luta intensa, Laira Inácio expressou sua alegria nas redes sociais ao saber que o medicamento betadinutuximabe, crucial para o tratamento do neuroblastoma de alto risco, foi recomendado para incorporação pelo SUS. A história de Laira não é apenas a de uma mãe que luta por seu filho, mas sim um exemplo da resiliência de muitas famílias.
O seu profundo desespero se tornou um grito de mobilização quando sua filha, Ana Júlia, foi diagnosticada com a doença aos 7 anos. Depois de enfrentar tratamentos exaustivos e cirurgias dolorosas, a menina precisava de um medicamento que custa aproximadamente R$ 2 milhões. A luta de Laira envolveu estratégias que iam desde o uso das redes sociais até mobilizações que incluíam carros de som e a busca por justiça na esfera judicial. Infelizmente, antes que Ana Júlia pudesse ter acesso ao medicamento, ela faleceu em 2023, tornando a vitória da inclusão do betadinutuximabe ainda mais emocional e significativa para Laira.
“Foi aprovado! O Qarziba [nome comercial do betadinutuximabe] vai ser implementado no SUS. Para que nenhuma criança mais sofra como a minha Ana Júlia e como outras crianças. Estou muito emocionada”, declarou Laira em um vídeo em seu Instagram, ressaltando a necessidade de mudanças e a urgência em garantir acesso a tratamentos que podem salvar vidas.
A inclusão do betadinutuximabe no SUS representa uma vitória significativa, não apenas para Laira e sua luta pessoal, mas para todas as famílias que enfrentam a batalha contra o câncer infantil. É um passo na direção certa, que ressalta a importância de políticas públicas acessíveis e que efetivamente cuidam das necessidades nobres da sociedade. Cada vida importa, e a luta por justiça em saúde é uma luta coletiva.
