Empregos Formais Crescem 201,7 Mil em Junho com Alta de 29,6%

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Ministério do Trabalho revela dados otimistas sobre contratações no Brasil.
O Brasil registrou a criação de 201.705 empregos formais em junho de 2024, com um expressivo aumento de 29,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo as informações do Ministério do Trabalho e Emprego. Este crescimento reflete um cenário positivo no mercado de trabalho, especialmente quando se considera o total de 1,3 milhão de vagas abertas nos primeiros seis meses do ano.
Dados recentes do Ministério do Trabalho indicam que, ao longo de junho, foram realizadas 2,07 milhões de contratações, enquanto 1,86 milhões de demissões ocorreram. Este resultado é um sinal de uma recuperação econômica robusta, comparado ao ano passado, quando cerca de 155,69 mil empregos foram gerados no mesmo mês.
Os números para junho de anos anteriores demonstram a oscilação do mercado de trabalho: em 2020, foram fechadas 53,4 mil vagas; em 2021, 318 mil empregos foram criados e, em 2022, o saldo foi de 285,2 mil. Contudo, segundo analistas, a comparação com anos antes de 2020 apresenta limitações devido à mudança na metodologia do governo.
No primeiro semestre de 2024, o país criou 1,3 milhão de empregos formais, representando um crescimento de 26,2% em comparação ao mesmo período de 2023, quando 1,03 milhão de vagas foram abertas. Esse valor torna-se o melhor resultado para os primeiros seis meses desde 2022, que teve a criação de 1,39 milhão de empregos.
Atualmente, o Brasil acumula 46,8 milhões de empregos com carteira assinada, um aumento em relação ao mês anterior e ao mesmo mês do ano passado. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, estima que até o fim do ano, cerca de dois milhões de novos postos de trabalho serão gerados.
“Não há razão para não retomarmos a queda dos juros, que ajuda o crédito e os investimentos, fundamentais para gerar empregos. A expectativa depende da reunião do Copom do Banco Central, onde será decidido o novo patamar da taxa de juros”, afirmou Marinho.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que o setor de serviços foi o maior responsável pelo aumento de contratações. Além disso, quatro das cinco regiões do Brasil abriram novas vagas no mês passado, exceto o Rio Grande do Sul, que enfrentou fortes enchentes e registrou um saldo negativo de 8,56 mil postos de trabalho.
O ministro Marinho expressou otimismo sobre a recuperação do estado e destacou a força da economia local. “Esperamos que projetos na área de construção civil tragam resultados positivos no próximo ano”, disse ele.
O salário médio de admissão em junho foi de R$ 2.132,82, representando uma leve queda real em comparação ao mês anterior, mas um crescimento em relação ao valor do mesmo mês em 2023, que foi de R$ 2.089,54.
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, portanto, não incluem o setor informal. As informações não podem ser comparadas diretamente com os dados de desemprego do IBGE, que abrange também a economia informal. O Brasil apresentou uma taxa de desemprego de 7,1% no trimestre encerrado em maio, considerado o melhor resultado desde 2014.
Os recentes dados de criação de empregos formais no Brasil refletem um cenário de recuperação e esperança, apesar das dificuldades enfrentadas por algumas regiões. O crescimento de 201,7 mil empregos em junho, aliado às estimativas otimistas do ministro do Trabalho, sinaliza que o mercado de trabalho está em expansão. Os próximos meses serão cruciais para confirmar essas tendências, especialmente nas áreas afetadas por desastres naturais.