14 de junho de 2025
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Dólar em Alta: Fatores Internos e Externos Influem no Mercado

Eduardo Munoz, Nathan Howard/Reuters

Apesar da deflação no Brasil, os olhos estão voltados para as eleições americanas.

Em um cenário econômico complexo, o dólar se valoriza enquanto os mercados brasileiros reagem a uma série de indicadores e eventos políticos internacionais. Este movimento não é apenas reflexo da economia local, mas também um eco das tensões e debate eleitoral nos Estados Unidos.

O dólar opera em alta nesta terça-feira (10), refletindo não apenas os novos dados de inflação no Brasil, mas também a expectativa em torno do primeiro debate entre Kamala Harris e Donald Trump, que promete agitar o cenário político dos EUA. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentaram uma ligeira queda de 0,02% em agosto, marcando a primeira deflação do ano, surpreendendo expectativas que apontavam para uma alta modesta de 0,01%.

Enquanto isso, à medida que grandes decisões são tomadas em nível internacional, investidores alertam para a volatilidade do dólar, que, às 12h41, registra um aumento de 1,05%, cotado a R$ 5,6401. Essa mudança ocorre em um contexto onde, no dia anterior, a moeda americana havia recuado 0,15%, chegando a R$ 5,5816.

Por outro lado, o Ibovespa, que representa a bolsa de valores brasileira, mostra um comportamento oposto, caindo cerca de 0,44% e alcançando 134.138 pontos. Esse contraste no desempenho das moedas e das ações reflete a fragilidade que permeia as relações econômicas atuais e a necessidade premente de soluções que atendam à população nas diversas frentes.

A deflação pode trazer um alívio momentâneo, mas fica evidente que as preocupações com a inflação persistem. No acumulado dos últimos 12 meses, os preços ainda subiram 4,24%, muito próximo do limite estabelecido pelo Banco Central do Brasil. Essa pressão infla a expectativa de um possível aumento na taxa Selic durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), impactando diretamente a vida cotidiana dos cidadãos, especialmente dos mais vulneráveis.

O cenário exige atenção redobrada. Com a Selic atualmente em 10,50%, qualquer aumento pode tornar o crédito mais caro, sufocando o consumo e diminuindo os investimentos—um ciclo que geralmente resulta em desestímulo ao mercado de trabalho.

Ademais, enquanto os números nos gráficos sobem e descem, a luta por justiça econômica e a necessidade de atenção a gastos públicos se fazem mais relevantes do que nunca. A inflação pode ser uma variável econômica, mas seus efeitos são profundamente sentidos pelos que já enfrentam dificuldades no dia a dia.

Investidores mantêm um olhar atento para o debate entre Harris e Trump, cientes de que as decisões políticas no exterior reverberam nas economias e no bem-estar da população brasileira. O que acontece em uma das maiores economias do mundo pode impactar diretamente todos nós, e é vital que cada um de nós esteja informado e pronto para agir diante das provocações do nosso cotidiano econômico.

A situação atual do dólar e do Ibovespa revela um panorama delicado e interconectado entre economia local e eventos internacionais. Embora a deflação ofereça um vislumbre de alívio, as expectativas de juros altos podem acentuar as dificuldades para a população. Estar informado e engajado é fundamental para que possamos lutar por uma justiça econômica mais acessível para todos.

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