14 de junho de 2025
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Doença de Newcastle reduz emergência zoossanitária no RS




Julia Chagas/Secretaria da Agricultura

Área de emergência foi limitada a cinco municípios após surto em Anta Gorda.

Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a redução da área de emergência zoossanitária em decorrência da Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul, que agora abrange apenas cinco municípios. A mudança surge após a identificação do vírus em um aviário e ações drasticamente necessárias para conter a epidemia.

O Mapa decidiu restringir a área de emergência da Doença de Newcastle para cinco municípios do Rio Grande do Sul: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. Tal decisão segue o surto que levou ao sacrifício de 7 mil aves em Anta Gorda, onde o problema foi inicialmente detectado.

A misteriosa doença, que afeta aves domésticas e silvestres, levou o governo a adotar medidas rigorosas de biosseguridade, que incluem a limpeza e desinfecção de locais afetados, além da vigilância nas propriedades ao redor do foco da doença, que se encontra em um raio de 10 km.

A portaria que autoriza essas ações foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (24). No dia seguinte, o governo estadual seguiu com a publicação de um decreto que declara estado de emergência de saúde animal na região afetada.

Este estado de emergência tem validade de 90 dias, período durante o qual a movimentação de materiais de risco estará restrita. Para garantir o controle do surto, foram instaladas oito barreiras sanitárias que realizam a desinfecção de veículos e cargas, além de varreduras em propriedades rurais em dois raios de 3 km e 10 km ao redor do foco.

Atualmente, das 858 propriedades rurais na área, 78% já foram vistoriadas, destacando o esforço do governo em conter a propagação da enfermidade.

A Doença de Newcastle é causada pelo vírus paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), apresentando sintomas como problemas respiratórios e manifestos neurológicos nas aves. Conhecida por sua alta transmissibilidade, a doença gera não somente preocupação entre os avicultores, mas também para a saúde pública.

Recentemente, a suspensão das exportações de produtos avícolas foi confirmada pelo Mapa. Essa medida foi tomada para garantir a transparência das atividades do setor brasileiro frente aos países importadores, levando em conta acordos bilaterais. A suspensão poderá durar pelo menos 21 dias e varia conforme a área afetada pelo surto.

A situação foi exacerbada após um evento climático, onde uma queda de granizo destelhou um aviário em Anta Gorda, resultando em perdas significativas nas aves. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) relatou que 7 mil aves morreram devido às dificuldades impostas por esse incidente, levando ao sacrifício das outras aves conforme a necessidade de controle da doença.

Apesar das preocupações, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, assegurou à população que o consumo de carne de frango permanece seguro. Especialistas enfatizam que não há risco de infecção por meio do consumo, embora a doença possa causar conjuntivite transitória em humanos após o contato próximo com aves infectadas.

A situação da Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul demonstra a importância de medidas rápidas e eficazes para conter surtos de doenças animais. A vigilância contínua e as barreiras sanitárias são essenciais para evitar a propagação do vírus, garantindo a saúde das aves e a segurança alimentar na região. Além disso, a transparência nas comunicações sobre a segurança do consumo de frango é crucial para tranquilizar os consumidores diante de preocupações sanitárias.

Opinião do Redator!

É alarmante ver como uma única ocorrência pode gerar mudanças significativas em várias dimensões, desde a saúde animal até a segurança alimentar. A situação requer constante atenção e medidas proativas para garantir que as consequências não se espalhem ainda mais. O que resta agora é acompanhar as atualizações e a resposta das autoridades locais.


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