Cármen Lúcia expressa preocupação com apreensão de dinheiro durante eleições
Agência Brasil
Ministra alerta sobre implicações da corrupção nas campanhas eleitorais
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), manifestou preocupações alarmantes em relação à apreensão de grandes quantias em dinheiro durante as eleições, destacando a necessidade de uma investigação cuidadosa sobre possíveis compras de votos.
No último domingo (6), a ministra Cármen Lúcia fez declarações preocupantes em relação à apreensão de aproximadamente R$ 21 milhões em espécie pela Polícia Federal durante o primeiro turno das eleições. Durante sua visita ao Centro de Divulgação das Eleições, ela foi questionada sobre a gravidade da situação e enfatizou a importância da colaboração entre a Justiça Eleitoral, a PF e o Ministério Público para investigar a origem destes valores.
“Isso [apreensão] é preocupante para todo mundo, mas nós não tínhamos antes desta eleição dados concretos sobre dinheiro. Então, daqui para a frente, vamos trabalhar para ter dados”, assegurou a ministra.
A votação está sendo monitorada pelo TSE, com a presença de ministros do tribunal e do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, também está acompanhando a totalização dos votos e afirmou que o processo eleitoral até o momento tem transcorrido sem incidentes significativos. “Felizmente, não tem nada de extraordinário acontecendo. As pessoas estão votando e nós estaremos divulgando o resultado poucas horas depois das eleições, consagrando esse sistema de votação que nós temos, provavelmente, o melhor do mundo”, disse Barroso.
Mais de 155 milhões de eleitores estavam aptos a votar em 5.569 municípios neste primeiro turno. Com a possibilidade de um segundo turno em 27 de outubro, a disputa se mantém acirrada, especialmente em 103 municípios onde nenhum candidato obteve mais da metade dos votos válidos, excluindo brancos e nulos, na primeira votação.
A apreensão de grandes quantias em dinheiro durante o processo eleitoral levanta questões sérias sobre a integridade do sistema democrático. A ministra Cármen Lúcia ressalta a urgência de um monitoramento rigoroso para evitar a corrupção e garantir que o voto seja uma expressão genuína da vontade popular. O caminho à frente exige transparência e compromisso com a ética nas eleições.
