14 de junho de 2025
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Bordado transforma vidas e promove ressocialização no Amazonas

Jean Beltrão/Rede Amazônica

Iniciativa no sistema prisional de Nhamundá inspira novos recomeços

No interior do Amazonas, um projeto inovador utiliza o bordado como ferramenta de transformação social, oferecendo esperança e capacitação para detentos. Através da arte, muitos encontram um novo propósito em suas vidas.

Bordando Recomeços, é assim que se chama o projeto que brota esperança na Unidade Prisional de Nhamundá, no Amazonas. Com agulhas e tecidos, os detentos não apenas adquirem conhecimento sobre bordado, mas também abrem espaço para novas histórias e oportunidades. Em meio ao sistema prisional, onde muitas vidas ficam à margem, esta iniciativa, apoiada pela Lei Paulo Gustavo e pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, simboliza uma luz no fim do túnel para aqueles que anseiam por liberdade e recomeços.

As oficinas de bordado e rodas de conversa promovem um ambiente de aprendizado valioso para 10 custodiados, permitindo que desenvolvam habilidades artísticas e práticas que se estendem para além das grades. A coordenadora Julyane Monteiro faz questão de ressaltar a relevância deste projeto: “Essas pessoas geralmente são esquecidas e invisíveis. É vital dar visibilidade a elas, pois, assim como qualquer outro grupo social, têm o direito de viver e apreciar a arte”.

Os participantes estão dominando diversas técnicas de bordado, criando não apenas peças de arte, mas também um canal de expressão e um alívio para o estresse do ambiente prisional. Pedro Paulo da Costa, um dos participantes, relata com emoção: “É uma obra que veio para nos ajudar. Com fé em Deus, sairemos disso. Este projeto nos dá um objetivo”.

Além de estimular a criatividade e o autocuidado, o projeto contribui significativamente para a ressocialização, preparando os detentos com habilidades que podem ser utilizadas após o cumprimento de suas penas. A interação social e o fortalecimento de laços comunitários são essenciais para a construção de uma rede de apoio fora das muradas prisionais. “Estamos criando um impacto positivo que vai além das paredes da prisão”, explica Julyane. As oficinas continuam e a esperança de novas vidas se amplia a cada dia.

A iniciativa “Bordando Recomeços” revela o poder transformador da arte e demonstra como o jornalismo pode dar visibilidade a vozes frequentemente silenciadas. Através do bordado, os detentos de Nhamundá estão bordando não só tecidos, mas também novos destinos, reafirmando sua dignidade e potencial para um futuro melhor. Um ato simples de criar pode realmente servir como um caminho para a liberdade.

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