Bens de Advogados Bloqueados em Operação no Amazonas
Divulgação/MPAM
Investigação apura crimes na advocacia, incluindo fraudes e apropriações indevidas.
Recentemente, advogados no Amazonas se tornaram o foco de uma operação do Ministério Público, resultando no bloqueio de seus bens. A ação investiga crimes relacionados ao exercício da profissão e busca proteger a integridade do serviço jurídico.
Na última terça-feira, 30 de julho, o Ministério Público do Amazonas executou uma operação que culminou no bloqueio de bens de advogados suspeitos de desvio de conduta. Foram cumpridos 21 mandados judiciais, com 15 buscas domiciliares e 6 buscas pessoais, abrangendo as cidades de Manaus e Manacapuru.
A operação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o objetivo de investigar práticas ilegais, como falsificação de procurações e apropriações indevidas de valores de alvarás judiciais. Esses crimes atingem especialmente pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo idosos e indivíduos com pouca instrução.
O promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Inteligência e Investigação (Caocrimo), Igor Starling, ressaltou a importância de não generalizar a conduta de um grupo restrito de profissionais, garantindo que a vastidão da profissão não seja desmerecida. Ele mencionou que outras vozes da advocacia já levantaram preocupações sobre esses desvios, o que levou a reuniões prévias com líderes da OAB e do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM).
A continuidade das investigações envolverá a análise detalhada do material apreendido, em cooperação com a Comissão de Prerrogativas da OAB. Essa colaboração visa garantir que todas as ações estejam dentro dos parâmetros legais, respeitando os direitos daqueles que atuam legitimamente na profissão.
A operação realizada pelo Ministério Público do Amazonas não apenas busca responsabilizar os advogados envolvidos em práticas ilegais, mas também pretende restaurar a confiança na advocacia como um todo. É essencial que a integridade da profissão seja preservada e que aqueles que agem de forma ética sejam reconhecidos.