Azeites impróprios custam saúde e confiança do consumidor

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Ministério revela lista de marcas de azeite adulterados que podem prejudicar a saúde.
Uma medida essencial para a proteção do consumidor foi anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ao divulgar uma lista de 11 marcas de azeite de oliva consideradas impróprias para o consumo. Este é um alerta que vai além da simples lista, é um chamado à responsabilidade coletiva.
Em uma ação que reforça a necessidade de fiscalização rigorosa, o Mapa apresentou na última quinta-feira (3) uma lista de marcas de azeite de oliva que foram tombadas como impróprias para o consumo. Entre as 11 marcas, encontram-se nomes como Málaga, Rio Negro, Quinta de Aveiro, e muitos outros. Essa decisão não é mera formalidade; os produtos foram analisados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária e desclassificados por não cumprirem as normas estabelecidas.
Tão preocupante quanto a adulteração dos azeites é o fato de que muitas empresas responsáveis por esses produtos estão com seus CNPJs baixados junto à Receita Federal, indicando a falta de registros ativos e pondo em risco aqueles que confiam na qualidade e segurança de sua alimentação.
O Ministério também advertiu que supermercados e atacadistas que comercializarem essas marcas poderão ser responsabilizados, enfatizando que o consumidor tem o direito à substituição dos produtos adquiridos. “Essa solicitação deve ser feita seguindo o que determina o Código de Defesa do Consumidor,” orientou o órgão.
Infelizmente, essa não é a primeira vez que marcas de azeite enganam o consumidor no Brasil, evidenciando a urgência de uma conscientização e fiscalização mais severas. Em 2021, o governo já havia interrompido a venda de 24 marcas, e em março deste ano, mais 10 foram suspensas. O azeite é, atualmente, o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado, evidenciando uma realidade alarmante.
Para garantir a qualidade na escolha do azeite, especialistas recomendam optar por produtos envasados mais recentemente e preferir embalagens que protejam o conteúdo da luz e da oxidação. As práticas de compra conscientes são essenciais para fugir da fraude que, muitas vezes, se esconde por trás de rótulos atrativos.
As fraudes não afetam apenas o bolso, mas também podem provocar sérios problemas de saúde. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Hugo Caruso, alerta sobre a possível presença de elementos não autorizados nos azeites adulterados, que podem ser prejudiciais a saúde, especialmente para aqueles que o consomem por motivos cardiovasculares.
A divulgação dessas informações é um passo crítico para proteger a saúde do consumidor e garantir que as práticas comerciais sejam justas e transparentes. O governo deve continuar a fiscalização e os consumidores devem estar sempre alertas para assegurar que suas escolhas alimentares reflitam segurança e qualidade.