Linhas de Trens em São Paulo Serão Privatizadas: Audiências Públicas em Andamento.
O governo de São Paulo anunciou planos para privatizar as linhas 11 – Coral, 12 – Safira e 13 – Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Está agendada para o próximo dia 19 a primeira de três audiências públicas relacionadas ao processo de concessão. Durante esses encontros, o governo solicitará contribuições e opiniões da sociedade civil sobre o projeto.
Essas três linhas juntas transportam mais de 17 milhões de pessoas por mês. Segundo dados da CPTM com base em outubro de 2023, a Linha Coral atende 11,7 milhões de passageiros, a Linha Safira transporta 5,4 milhões e a Linha Jade, 431,2 mil usuários mensalmente.
A Linha 11 parte do centro de São Paulo em direção à zona leste, passando por Poá e chegando a Mogi das Cruzes. A Linha 12 segue um trajeto paralelo, passando por Itaquaquecetuba até Poá. Já a Linha 13 conecta a parte central da capital paulista ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O plano de transferência das linhas para a iniciativa privada inclui a ampliação da Linha Jade, com a construção de dez novas estações. A empresa vencedora da concessão também será responsável por requalificar a infraestrutura dessas linhas.
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) identificou pendências nas obras de readequação e ampliação do sistema de suprimento de energia das linhas 11 e 12, que deveriam ter sido concluídas em agosto de 2015. O contrato para essas melhorias foi firmado em 2012 com a empresa alemã Siemens, com um valor inicial de cerca de R$ 106 milhões. Após seis aditamentos, o valor pago foi de R$ 149,4 milhões. A CPTM alega que as obras foram finalizadas em outubro de 2023 e que as linhas 11-Coral e 12-Safira operam normalmente.
Em 2022, as linhas 8 – Diamante – e 9 – Esmeralda – da CPTM foram concedidas à Viamobilidade, consórcio formado pela CCR e pelo Grupo Ruas. Essas foram as primeiras linhas do sistema de trens metropolitanos de São Paulo a serem privatizadas. No entanto, ambas enfrentaram problemas no início da concessão, levando o Ministério Público de São Paulo a abrir uma investigação. Após assinarem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em agosto do ano passado, a ViaMobilidade comprometeu-se a promover melhorias nas linhas e pagar uma indenização de R$ 150 milhões.
