O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como “inflação do aluguel”, registrou um aumento significativo de 0,89% em maio, marcando uma aceleração em relação ao mês anterior, quando apresentou uma taxa de 0,31%. Com esse resultado, o índice acumula uma alta de 0,28% no ano, porém, mostra uma queda de 0,34% nos últimos 12 meses. Em comparação com maio de 2023, que registrou uma taxa de -1,84%, é evidente uma reversão na tendência.

O IGP-M é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre) e é amplamente utilizado como referência para o reajuste de contratos de aluguel em todo o país. Sua composição é baseada em diversos índices que medem a variação de preços em diferentes setores da economia.

No desdobramento do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que compõe a maior parte do indicador, apresentou um aumento expressivo de 1,06% em maio, em comparação com a alta de 0,29% registrada em abril. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo grupo de Bens Finais, que teve uma variação de 0,06% em maio, superando a taxa de -0,13% observada no mês anterior. Destaca-se o aumento nos preços de alimentos processados, que passaram de uma queda de -0,39% para uma alta de 1,07%.

O grupo de Bens Intermediários também teve um aumento significativo, registrando uma alta de 1,03% em maio, intensificando a tendência observada no mês anterior. O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou uma alta expressiva de 2,15% em maio, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços de itens como o minério de ferro e o farelo de soja.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação de preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias, registrou uma variação de 0,44% em maio, avançando em relação à taxa de 0,32% observada em abril. Destacam-se os aumentos nos grupos de Educação, Leitura e Recreação, Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Comunicação e Despesas Diversas.

No contexto da construção civil, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também apresentou um aumento de 0,59% em maio, superando a taxa de 0,41% observada em abril. Esse aumento é atribuído principalmente ao aumento nos preços de materiais, equipamentos e mão de obra.

Esses números refletem a dinâmica dos preços na economia brasileira e têm impacto direto nos contratos de aluguel, nos custos da construção civil e no poder de compra das famílias.