Seca Severamente em Manaus Mais de 100 Focos de Queimadas em Um Dia
REUTERS/Bruno Kelly/File Photo
Amazonas enfrenta emergência ambiental com aumento alarmante de queimadas em meio à seca severa.
A capital Manaus e outros municípios do sul do Amazonas estão em situação de emergência ambiental devido ao número recorde de focos de queimadas. A seca antecipada agrava ainda mais a situação, com dados preocupantes registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O Amazonas registrou mais de cem focos de queimadas em apenas um dia, em meio à seca intensa que assola a região. O registro, datado de terça-feira (16), foi fornecido pelo Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Desde o início de julho, o estado tem apresentado uma média de 21 focos de calor por dia. Na última terça, esse número saltou para 117; em comparação, na mesma data do ano passado foi relatado apenas um foco de calor. Já na quarta-feira (17), houve 70 focos de queimadas.
No município de Lábrea, localizado na Região Sul do Amazonas, conhecida como “arco do fogo”, registrou-se mais de 180 focos de calor, ficando atrás apenas de Corumbá no Pantanal de Mato Grosso do Sul em nível nacional.
A soma das queimadas no estado totalizou 443 apenas em julho, um aumento de 199% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 148 focos de calor.
Com a severidade da situação, 22 dos 62 municípios Amazonas foram declarados em emergência ambiental, repetindo um cenário similar ao de 2023, quando mais de 20 mil queimadas foram registradas, o segundo maior número desde 1998.
A gravidade das queimadas afetou a qualidade do ar em Manaus e outros municípios, com grande influência dos agropecuaristas conforme relatórios do Ibama.
Apesar de questionada, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente ainda não se manifestou sobre as ações que estão sendo desenvolvidas para combater o avanço do fogo.
Seca severa
O Amazonas também vive uma seca severa este ano. Em Manaus, o Rio Negro desceu mais de 60 centímetros somente em julho, enquanto em Envira, mais de dez mil pessoas enfrentam dificuldades devido ao isolamento de comunidades e problemas de abastecimento de insumos.
A situação do Rio Tarauacá, que banha a cidade, é crítica, com sua profundidade reduzida drasticamente em comparação ao ano passado. O chefe da Defesa Civil aconselhou os moradores a se abrigarem na sede do município e a estocarem alimentos.
Emergência ambiental
A estiagem severa também contribuiu para o aumento dos incêndios no Amazonas. O governo estadual decretou situação de emergência ambiental em 22 municípios, proibindo qualquer prática de fogo, incluindo o uso de técnicas de queima controlada.
As cidades em emergência ambiental incluem Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Manaus, Iranduba, Novo Airão, entre outras. Além disso, 20 municípios nas calhas dos rios Juruá, Purus e Alto Solimões estão em emergência devido à seca, uma situação que pode ser ainda pior que a do ano passado, conforme alertas da administração estadual.
O aumento drástico dos focos de queimada e a seca severa destacam a vulnerabilidade ambiental do Amazonas. Com municípios em emergência e uma qualidade do ar prejudicada, a atenção se volta para as ações de combate e prevenção de incêndios, ressaltando a importância de medidas urgentes.
Opnião do Redator!
Essa situação crítica das queimadas e seca reforça a importância de políticas ambientais rigorosas e uma colaboração efetiva entre governo, populações locais e entidades ambientais. Somente com ações coordenadas podemos mitigar os danos e proteger a Amazônia, tão vital para o equilíbrio ecológico global.
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